A tradicional missa de Santo Antônio, marcada para o dia 12 de junho, foi proibida de ser rezada na Praça Lucena Maranhão, em Bebedouro, por questões de segurança. O comunicado foi feito pelo pároco da Igreja de Santo Antônio, Walfran Fonseca, à comunidade, na última terça-feira (4/6). Segundo o religioso, a ordem teria partido da Defesa Civil Municipal, alegando questões de segurança “por se tratar de uma área de risco”.
No entanto, até o final da tarde de ontem, nem a prefeitura municipal, nem o chefe da defesa Civil, Abelardo Nobre, tinham se manifestado a respeito, apesar de procurados pela imprensa.
Para a comunidade, a mudança de local da missa teria sido solicitada pela Braskem, mas a mineradora não quis assumir a culpa, disse que só iria se posicionar depois da Defesa Civil de Maceió, já que seria uma atribuição do órgão autorizar ou não a missa na Praça Lucena Maranhão.
Quando a notícia de que a missa tinha mudado de local, os moradores que receberam o convite para o ato religioso na frente da Igreja de Santo Antônio, onde há mais de cem anos aquela manifestação religiosa é realizada ali, ficaram decepcionados. Os comentários nas redes sociais foram muitos, a maioria responsabilizando a Braskem pela proibição.
Uma moradora dos Flexais perguntou à Defesa Civil de Maceió: por que as carretas da mineradora podem passar na área de risco e uma missa não pode ser rezada na praça?
Os fiéis que acompanhavam a missa rezada pelo Cônego Walfran, no bairro de Santa Amélia, para onde a paróquia foi deslocada depois da tragédia da Braskem, ficaram tristes com a mudança de local.
Eles já tinham recebido o convite da festa, onde na programação estava escrito que a missa do dia 12 de junho, dia dos namorados, seria rezada pelo arcebispo de Maceió, Dom Beto Breis, “na Praça Lucena Maranhão – local da velha matriz de Santo Antônio de Pádua”, que é de 1913 e em 2023 completou 110 anos.
A missa de Santo Antônio está sob a liderança da Legião de Maria, mas até agora as integrantes do grupo não sabem onde o ato religioso será realizado.
“Mudaram de local, não vai ser mais na praça, em frente à Igreja de Santo Antônio, a missa vai ter que ser rezada em outro local, mas até agora a gente não sabe”, comentou uma integrante da Legião de Maria, pedindo que a reportagem entrasse em contato com a Arquidiocese de Maceió, porque “nem o padre Walfran, sabe”.
A Tribuna Independente tentou ouvir o Cônego Walfran, deixando mensagem por meio de um aplicativo de celular, mas ele não deu retorno. A Arquidiocese de Maceió também foi procurada, por meio da sua assessoria de comunicação, mas não deu retorno e nem quis se manifestar. A prefeitura de Maceió também foi questionada a respeito do assunto, mas até o fechamento da matéria não respondeu se a ordem para a proibição da missa na Praça de Bebedouro teria partido ou não da Defesa Civil Municipal.
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