Depois de nove longos anos de espera, acabou, nesta terça-feira (16), a angústia dos familiares de Roberta Dias, morta em abril de 2012. Ela teve seu corpo enterrado em uma área localizada entre o Pontal do Peba, em Piaçabuçu, e o município de Feliz Deserto. Sob forte comoção, na manhã de hoje, os parentes puderam, finalmente, sepultar a ossada da jovem.
Muito abalada, a mãe, Mônica Costa Reis, recepcionou os demais familiares e amigos de Roberta no velatório da Funerária Santa Luzia, onde – mais uma vez – pôde receber o carinho de todos, que, a partir de agora, endossam ainda mais o pedido de Justiça para que os responsáveis pelo crime possam ser punidos.
“Mesmo depois de nove anos, a dor que eu sinto é a mesma daquela do dia em que ela desapareceu com meu netinho na barriga. É muito triste dar adeus a quem amamos, e ainda mais assim, nessas circunstâncias. Que minha filha e meu neto possam descansar em paz e que a Justiça seja feita”, declarou a mãe de Roberta.
Após um momento de oração e homenagens, a urna com a ossada de Roberta seguiu para o município de Piaçabuçu, local onde fica o jazigo da família Dias.
Anos de espera
Depois de diversas reviravoltas na Justiça, o sepultamento de Roberta Dias foi autorizado no final do mês de outubro.
A decisão foi tomada pelo juiz Nelson Fernando de Medeiros Martins, durante audiência que seria realizada para interrogatório dos réus Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares. Os acusados, porém, não foram ouvidos, porque a promotoria apresentou uma nova denúncia, de feminicídio.
Os réus são mãe e amigo de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando quando foi morta.
A confirmação de que a ossada encontrada nove anos depois do seu desaparecimento era mesmo da estudante só foi possível após exame de DNA. Apesar da confirmação, a Justiça tinha negado o pedido para liberação dos restos mortais em julho.
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