Resultados do ciclo 2013-2018 do Programa apontam melhorias na vida de 15 mil produtores e artesãos alagoanos
Do artesanato ao cultivo de hortaliças, sementes e apicultura. As potencialidades dos pequenos negócios em Alagoas ganham destaque pela mudança na vida de quem produz. Amparados pelo Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), cooperativas e associações ganham projeção nacional ao participarem de feiras e eventos. Em Alagoas, o PAPL é coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em parceria com o Sebrae/AL.
Atendendo a dez atividades produtivas atualmente, o programa é responsável por ampliar os contatos, alinhar a produção ao mercado e capacitar os beneficiados com workshops que melhoram o diálogo com compradores e facilitam a comercialização.
Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são responsáveis por colocar o estado na contramão do desempenho da atividade agrícola no país, com um aumento de 8,8%, o maior índice do Nordeste e acima da média nacional.
Divulgar as marcas, dar assistência e notoriedade ao trabalho desenvolvido no interior alagoano e fomentar novas formas de comercialização de produtos são os objetivos programa, que contempla mais de 15 mil pessoas, nas mais diversas atividades econômicas. Em operação desde 2004, o PAPL contribui diretamente na criação de postos de trabalho e na geração de renda da população.
Com o incentivo do Governo do Estado, por meio da Sedetur, e em parceria com o Sebrae/AL, histórias como a de Maria José são cada vez mais comuns. Integrante da Associação de Mulheres Rendeiras de Marechal (AMU), a artesã evidencia a importância da parceria para a visibilidade do bordado filé.
“Nós estamos satisfeitas com o nosso trabalho, que é um dom que Deus nos deu. Eu vivo disso e trabalho desde os 7 anos como rendeira, assim como minha mãe trabalhava. Em Marechal, quem não é rendeira não é deodorense”, afirmou Maria José, destacando a importância da atividade por várias gerações.
Em Santana do Mundaú, a Ecoduvale é destaque na fruticultura. A associação, que conta com 16 produtores e é beneficiada pelo PAPL, une a atividade agrícola típica da região do Vale do Mundaú com marketing e relacionamento com o cliente.
Pedro Paulo da Silva diz que sempre trabalhou no segmento e é filho de agricultores. “O auxílio é muito bom para a gente que é do campo, que aprende a comercializar melhor nossos produtos”, afirmou.
Atuante em nove municípios, o APL Horticultura desenvolve ações que visam à abertura comercial para os produtores. Essa articulação contempla também os produtores de mandioca, assistidos em 22 municípios.
Para o gestor da APL Horticultura do Agreste, Humberto Sant’anna, é importante que as pessoas saibam o que é produzido em Alagoas. “O nosso papel, como consultor especializado, é ver as potencialidades do território e trabalhá-las da melhor forma possível, para que os produtos de empresários e agricultores familiares estejam prontos para serem comercializados dentro e fora do Brasil”.
Para o gerente de APLs e Cadeias Produtivas da Sedetur, Everson Pontes, o ciclo encerrado em 2018 mostra os sucessos dos incentivos do governo. “Nós tivemos êxito em mostrar o trabalho desenvolvido pela Sedetur, em parceria com o Sebrae, e conseguimos passar para os produtores o interesse do Governo do Estado em manter viva a proposta para o ano seguinte, que é o PAPL Alagoas Maior. As atividades continuam a todo o vapor”, conta.
Alagoas Maior
Visando à cobertura de 84 municípios nas regiões Agreste, Sertão e Quilombos, o PAPL Alagoas Maior beneficiará cerca de 20 mil pessoas com o mapeamento de arranjos produtivos. Com investimento de R$ 2,3 milhões do Governo do Estado, o novo ciclo irá fomentar rodadas de negócios junto ao pequeno produtor para aprimorar a venda de produtos.
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