Alagoas tem hoje 464 crianças em unidades de acolhimento e 32 aptas para adoção. Em todo o Brasil são 5.069 à espera de um novo lar. Os dados constam no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ainda segundo o SNA, são 389 pretendentes no estado. Desde o ano passado, 22 crianças foram adotadas em Alagoas pelo Cadastro Nacional de Adoção.
De acordo com a juíza Fátima Pirauá, titular da 28ª Vara Cível da Capital – Infância e Juventude, o perfil de criança desejado pelos pretendentes ainda é o principal obstáculo para que as adoções se concretizem.
“Há a criança idealizada e há a criança real. São poucas as crianças com menos de seis anos nas unidades de acolhimento e esse ainda é o principal perfil que as pessoas querem”, disse a magistrada, que está à frente da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (CEIJ).
Para a juíza, é importante que as pessoas abram um pouco mais o coração e pensem na possibilidade de adotar crianças de mais idade ou até mesmo adolescentes. “Quem quer adotar está com o coração cheio de amor para criar um filho, para ser pai e ser mãe. Então, que pensem na adoção tardia porque essas crianças e adolescentes têm direito a ter uma família”.
No ano passado, o Judiciário de Alagoas lançou a campanha “Adoções Possíveis”, para incentivar a adoção tardia no estado. Em parceria com a CEIJ, a Diretoria de Comunicação do TJAL produziu vídeos de adolescentes que estão em unidades de acolhimento e desejam ter uma família. Confira aqui os depoimentos.
Adoção e apadrinhamento
Quem deseja informações sobre adoção e apadrinhamento pode conferir folder produzido pela 28ª Vara Cível da Capital, também em parceria com a Dicom.
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