O desembargador João Luiz Azevedo Lessa negou, na última quarta-feira (23), o pedido de habeas corpus de Judarley Leite de Oliveira, um dos acusados de matar o modelo Eric Ferraz em uma festa de réveillon em Marechal Deodoro, no ano de 2012.
A defesa argumenta que houve excesso de prazo na custódia de Judarley Leite. No entanto, o desembargador disse na decisão que não encontrou detalhes suficientes para atender ao pedido e nem a justificativa necessária que sustente a liberação emergencial do acusado do sistema prisional.
“À vista do contexto e da ausência de informações mais detalhadas sobre o caso, convenço-me da necessidade de uma análise pormenorizada do pedido dos impetrantes em favor do paciente, mormente acerca da subsistência, ou não, dos alegados atrasos injustificados”, diz um trecho da decisão.
Judarley Leite de Oliveira e o irmão dele, o policial civil Jaysley Leite iam a júri popular no dia 9 de dezembro deste ano, mas o julgamento foi suspenso devido a um pedido feito pelo advogado da família da vítima para desaforamento do júri, marcado para a cidade de Viçosa. Uma nova data só será marcada quando houver alguma definição sobre o local onde acontecerá o júri.
De acordo com o pai do modelo, Edglenes dos Santos, o receio pelo júri no município onde aconteceu o crime é a influência da família dos acusados. “Eles têm histórico violento na cidade e o pai dos dois já foi, inclusive, presidente da Câmara de Vereadores”, afirma.
Relembre o crime
Testemunhas relataram que o Jasley paquerou a namorada de Eric, o que teria iniciado o conflito. O irmão dele, Judarley, também estava no local e foi apontado como o autor dos disparos, por parte das testemunhas. Ele confessou ter atirado na vítima e está preso pelo crime.
A família do modelo acredita que Judarley assumiu o crime para livrar o irmão, que é policial civil. “O irmão dele quis tentar tirá-lo do crime, mas tem testemunhas que dizem que ele participou, então acreditamos que ele também é culpado”, afirma Edglenes.
Fonte: G1
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