Alagoas foi um dos estados que mais se beneficiou do Desenrola Brasil, programa do Governo Federal que possibilitou a renegociação de dívidas para pessoas físicas inadimplentes. Mais de 32 mil alagoanos aderiram ao programa, negociando um total de R$ 23,1 milhões em débitos.
Em todo o Brasil, o Desenrola Brasil atendeu mais de 15 milhões de pessoas, com a renegociação de R$ 53 bilhões em dívidas. A iniciativa, lançada em julho de 2023, foi fundamental para combater a inadimplência que atingiu o país durante a pandemia de Covid-19.
O programa Desenrola Brasil foi dividido em duas faixas. A Faixa 1, iniciada em outubro de 2023, era direcionada a pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. Em Alagoas, 35.838 pessoas se cadastraram na Faixa 1, negociando mais de R$ 15 milhões em dívidas.
Considerando apenas as operações realizadas por meio do site do Desenrola (desenrola.gov.br), sem contar os dados de canais dos parceiros — como Serasa, Itaú, Santander, Caixa — as quase 36 mil negociações na Faixa 1, em Alagoas, envolveram um valor original de R$ 180,4 milhões em dívidas.
Com 32.082 CPFs registrados, o Desenrola no estado resultou em 68,2 mil contratos revistos. A partir das negociações, o total caiu para R$ 23,1 milhões, dos quais R$ 3,3 milhões foram pagos à vista e o restante (R$ 19,8 milhões) foi acordado de forma parcelada. Alagoas foi a 22ª unidade da Federação com maior número de contratos negociados na Faixa 1 no programa.
“O programa foi um verdadeiro sucesso, por diminuir o endividamento da população mais vulnerável e reduzir o ritmo de crescimento da inadimplência como um todo. Além disso, precisou de aporte relativamente baixo do governo: R$ 1,7 bilhão dado como garantia caso as pessoas não paguem o refinanciamento”, afirmou o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.
“Para cada R$ 1 investido no Desenrola, foram negociados R$ 25 em dívidas atrasadas. Isso beneficiou mais de 600 credores com valores que, em muitos casos, eles já davam como perdidos. Tudo isso favoreceu a economia brasileira como um todo”, acrescenta.
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