O primeiro dia da fase laranja do protocolo de distanciamento social controlado em Maceió trouxe um alívio para os lojistas do Comércio. Clientes aproveitaram a reabertura de algumas lojas do Centro, na manhã desta sexta-feira (3), para fazer compras, o que foi motivo de alegria entre os vendedores. Já no calçadão da orla da capital, atividades físicas foram retomadas.
A subgerente de uma loja de produtos esportivos, Ana Maria Targino, contou que estava ansiosa para o retorno de seu trabalho. O estabelecimento, segundo ela, foi readequado, a fim de obedecer a todos os protocolos sanitários. Barreiras de proteção e álcool em gel são vistos por todos os lugares. Além disso, o quadro de funcionários foi reduzido.
A loja, no entanto, estava fechada desde o dia 20 de março, vendendo seus produtos, apenas, via internet. Porém, segundo Targino, as vendas não vinham sendo suficientes. Com as portas abertas, contudo, ela espera que a história seja outra.
Ana Maria Targino diz estar aliviada com reabertura da loja de esportesFOTO: GREYCE BERNARDINO”Quando tivemos que fechar a loja, o sentimento foi de muita tristeza e incerteza, pois sabíamos que as vendas iriam despencar. Entretanto, começamos a vender on-line, como forma de, ainda, se manter no mercado. Agora, com tudo funcionando, esperamos que se normalize. Nossa expectativa, sem dúvidas, é que tudo der certo”, falou ela, sem esconder a felicidade.
Ailson da Silva vende pratas e também comemorou o retornoFOTO: GREYCE BERNARDINOOs ambulantes do comércio também se animaram com a retomada das atividades. Ailson da Silva é vendedor de pratas e não escondeu a felicidade de a clientela estar de volta.
“É um sentimento muito bom. Somos de uma profissão que sofre muitos altos e baixos, mas essa pandemia, de fato, nos pegou de surpresa. No entanto, o que tudo indica é que as vendas vão melhorar”, disse o comerciante.
Thaynara Oliveira foi uma das que saíram de casa direto para o Centro. Ela contou que estava com uma fatura atrasada, a qual só poderia ser paga na loja. Com a reabertura, ela aproveitou para quitar a pendência.
“Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas aqui no Centro. Acho perigoso, visto que o vírus ainda corre solto. Porém, é positivo as lojas estarem abertas. Me ajuda e, também, aqueles que temem perder o emprego”, frisou.
Funcionária de uma loja, a qual não pode ser aberta nessa fase do decreto, Valdenisse Oliveira aproveitou o dia para fazer compras no Centro. “Não aguentava mais ficar em casa. Sei, no entanto, dos riscos, mas, se usarmos máscaras e álcool em gel, a situação não pode se complicar muito. Também torço para que tudo se normalize logo”, disse ele, enquanto olhava um produto e outro.
Proprietária de uma loja de roupas, localizada no Calçadão do Comércio, Maura Souza, também comemorou a retomada do comércio. Ela conta que fechar as portas de sua loja não foi fácil, visto que não tinha ideia de como começar a trabalhar com vendas on-line. No entanto, teve a ajuda da família, momento em que as coisas começaram a melhorar.
Porém, segundo ela, tal situação não se compara com o seu estabelecimento funcionando normalmente.”A pandemia gerou um misto de incertezas em minha mente. Até pensei em abandonar o barco, mas tive fé. Consegui vendas algumas peças pela internet e, agora, estou pronta para receber a minha clientela”, destacou ela, acrescentando que, para a reabertura, teve que mudar algumas regras da loja, embora tenha conseguido manter os cinco funcionários trabalhando.
Pontos de aglomeração, no entanto, foram percebidos nas ruas. Também foram vistas diversas pessoas que não faziam uso de máscaras de proteção, uma das exigências para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
ORLA
Havia uma expectativa de praias lotadas, como aconteceu em outras regiões do país, no primeiro dia de flexibilização, mas o que se percebeu foi a população mais consciente, no quesito obedecer o decreto, que, além do uso de máscaras, impõe o distanciamento social. No entanto, tinham aqueles que insistiam em usar a proteção no queixo. Outros, até, estavam se exercitando em grupo.
Na orla, a movimentação foi registrada no calçadãoFOTO: GREYCE BERNARDINOA reportagem da Gazetaweb não viu grupos de pessoas se banhando no mar, apenas praticando as atividades físicas.
O eletricista Manoel Sarmento, de 43 anos, é um deles. Isolado em casa, por quase três meses, ele aproveitou a flexibilização para fazer o que mais ama: atividade física. Hipertenso, garantiu que os cuidados são os mesmos. Manoel fazia o uso da máscara e estava sozinho.
“Estava aguardando por esse momento, confesso. Como tenho comorbidade, tenho muito medo da doença, então me isolei. Porém, estava com saudades dos meus exercícios. Me arrisquei e vim para a orla da Ponta Verde”, disse ele, garantindo que está tomando todos os cuidados de proteção cabíveis.
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