Ilustração.
A famosa frase “Ser ou não ser, eis a questão”, vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare. É bem utilizada em muitas situações do cotidiano, principalmente quando a questão trata de um dilema.
Poderíamos até fazer uma alusão ao atual momento pelo qual passa o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), da cidade de Marechal Deodoro. Nos últimos dias não se fala em outra coisa por estas bandas: irão vender ou não irão vender essa autarquia pública? Essa é a pergunta que se faz pelos quatro cantos dessa cidade histórica que foi a primeira capital dos alagoanos e berço da república.
De um lado do embate temos o prefeito Cristiano Matheus, que garantiu em uma entrevista dada ao site da prefeitura, que não existe a possibilidade de vender o SAAE, tranquilizando inclusive os funcionários. Do outro temos alguns vereadores dizendo que a ideia do projeto seria o de outorgar, por meio de licitação, a concessão de exploração deste tipo de serviço público a terceiros. E temos ainda no meio do fogo cruzado a população, principal interessada nesta discussão.
Acredito que politicamente o prefeito estaria dando um tiro no próprio pé, caso algo deste tipo fosse sequer pensado. Não que eu queira dizer que isso seria catastrófico, mais me pergunto se realmente seria necessário, já que se comenta que existe um aporte financeiro no orçamento da união, algo em torno de 22 milhões de reais, para a melhoria do sistema de captação de água na “Velha Cap”.
Também não entendo se estão tentando fazer deste momento um palanque político, no que diz respeito a confundir-nos sobre este momento delicado, que vem tirando o sossego inclusive dos cerca de 50 funcionários que atualmente desempenham suas funções no SAAE. Homens e mulheres preocupados em oferecer a população deodorense um serviço de qualidade, apesar das limitações.
Vamos esperar o desfecho de toda esta história, que deverá ter mais um capítulo na próxima sexta-feira, dia 04, quando haverá na Câmara de Vereadores uma audiência pública para tratar deste tema.
No mais, vamos esperar que dê tudo certo, e que o patrimônio público do SAAE, que também é patrimônio de todo povo deodorense, seja conservado independente das disputas políticas.
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