Por André Marechal
Nesta semana o Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA), interditou para o público o banho conhecido como Rio da Geladeira, situado entre os municípios de Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos. A alegação: os visitantes estariam provocando danos ambientais ao ecossistema.
Até concordo em parte com a decisão do IMA, já que muitas pessoas acabam transformando alguns rios da região em depósitos de lixo a céu aberto. Esquecem da preservação do meio ambiente durante os passeios. Um desses exemplos é o Rio do Priquito.
Mas argumentar que a visitação pública é o principal motivo da degradação do rio da Geladeira, eu acho que é quase como nos chamar de “otários”. Nos tratar como pessoas sem senso de compreensão dos fatos e das verdadeiras causas. E as bombas de irrigação dos canaviais que no ano passado quase secaram o rio? Bombas com potência para captar água suficiente para abastecer uma cidade!
Parece-me que agora, cercado por arames farpados e portões enormes, o rio estará “protegido” daqueles que o procuravam para banhar-se em suas águas cristalinas. Ou será que essas barreiras estarão na verdade escondendo o rio dos visitantes curiosos, que denunciaram a captação supostamente irregular para a indústria canavieira?
Bem, sem acesso ao mesmo vamos ter que torcer para que os órgãos ambientais, em especial o IMA, faça a sua parte e fiscalize o que tem que ser realmente fiscalizado. Puna quem merece deve ser punido, para que o rio possa continuar o seu curso, levando vida com seu líquido precioso.
Cobrar da população é fácil. Quero ver cobrar dos usineiros, os verdadeiros responsáveis pela degradação ambiental ao longo de décadas.
Fotos: reprodução/redes sociais
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