Os militares alagoanos do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, através de suas lideranças e o apoio incondicional da maioria das duas tropas, se mobilizaram e conseguiram avanços significativos na busca pela valorização profissional no final de 2013 e início deste ano.
Muitos no entanto não lembram que essas conquistas se devem ao fato de um companheiro de farda que perdemos: o saudoso Soldado Ivaldo, a quem tive oportunidade de conhecer e conviver com o mesmo durante o Curso de Formação de Praças de 2006 e que foi ele próprio vítima da violência que assola o estado das Alagoas.
Para mim ele foi o ‘mártir’ destas conquistas e deveria sempre ser lembrado por todos os militares e pela sociedade alagoana, a quem este jovem rapaz pernambucano veio defender, mesmo com o risco da própria vida e foi com ela que ele pagou o alto preço desta violência desenfreada que repercute em todo país. Um verdadeiro herói, morto covardemente durante seu serviço no município de Porto de Pedras.
Reivindicações diversas foram feitas pelas duas tropas após este episódio que manchou de sangue todos nós militares. Entre elas a valorização salarial, aumento no efetivo policial (muitas cidades dispõem apenas de dois ou três policiais para “tomar conta” de milhares de pessoas) e a redução no interstício – Termo militar brasileiro que designa o tempo mínimo que um militar deve permanecer num posto ou graduação antes de ser promovido.
O aumento salarial está sendo creditado no subsídio dos militares. O aumento do efetivo está condicionado a contratação através de novos concursos. E a Lei de Promoções? Por onde ela anda?
Dizem os conhecedores da Legislação Castrense que ela foi criada com algumas falhas e que estas precisavam ser corrigidas. Pois bem, só que as más línguas falam que ela não seria de interesse de muito ocupantes dos altos postos das duas corporações.
Se essa for a verdadeira hipótese, temos então a velha máxima do ‘coronelismo’ arcaico nordestino, que ainda teima em existir. Onde o que importa são os interesses dos poderosos, em prejuízo dos milhares de praças, oficiais subalternos e intermediários que formam nossa classe.
E as lideranças militares? Como ficam nossos representantes que não se pronunciam a este respeito? Seria o conformismo?
As correções das distorções salariais foram feitas em tempo hábil e porque a reformulação da Lei de Promoções não?
Se alguém souber as respostas para essas minhas indagações me respondam por favor.
Viva a liberdade de expressão! Saudades de você amigo Ivaldo!
Deus abençoe e proteja a todos nós alagoanos.
Existe um desinteresse Geral, pois se os pracinhas seriam os beneficiários de nova lei de promoções, porque estão tão inertes? Certo que a influencia do poder tem sua eficácia mas nunca diante de uma tropa disposta a buscar objetivos comuns.